domingo, 10 de junho de 2012



Nesta noite de vigia,
Em que clamo pelo sono,
Sinto-o longe e quedo-me neste cansaço!
Perdida de mim, procuro-me nas sombras
De uma manhã que canta já lá fora.
São pássaros de luz
Que vêm encher-me os beirais…
Rompe-se o silêncio
E o sonho
Cada vez mais distante!
Confunde-me o peito
Num turbilhão…
Já me chamaram furacão,
Já me chamaram vulcão em labareda,
Sou apenas mulher
Em busca
Do teu sorriso,
Mesmo triste e dorido
Ilumina-me a alma num beijo
Perdido.
Cada vez mais distante de mim
Já não sei que quero
Se quero…
Sei apenas desta solidão
Menos só
Talvez
Onde a mágoa do teu olhar
É ainda a única sombra que avisto
Olhos fechados
Nesta confusão da alma
Que é tormento de vida
Procuro a velha paz
Mas apetece-me a guerra
Apetece-me a tua mão terna
Apetece-me a tua carícia leve
E o beijo
Aquele beijo suave e sem pecado
Onde as almas se encontram
Para se apartarem
Não sei se sós ou se trocadas!

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