domingo, 10 de junho de 2012



Sei de ti que não estás
Nesta espera vive a esperança
De te ver chegar
Pelo caminho lento que juntos iniciamos
Sem perceber de atalhos
Seguimos guiados pelos sentidos
Em cada pedra soltamos uma lágrima
E vertemos um sorriso
Espero parada no vão da estrada
Querendo ver-te acenar uma papoila
Ou uma maia silvestre
Neste Fevereiro frio
Que de curto se prolonga
Vejo passar a vida
Que nos uniu na encruzilhada
E o teu rosto por vezes ganha cores
Ou é disforme pelo cinzento da hora
É na noite que encontramos as palavras
Que rasgam os silêncios que nos alimentam
Tudo parado
Como nada mais houvesse
Que esta melodia triste que nos embala
Nas horas mortas de cada reencontro
Ora te digo adeus ora te chamo
Sem ti já não sei que é de mim
E sem mim me perco
Para em ti me encontrar uma vez mais
Foi sina ou má sorte

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