segunda-feira, 11 de junho de 2012




Cansa-me a vida que
De esgotada
É já só um ai triste
Sem vontade e sem razão
Vou arrastando os dias
Com o peso de todas as mágoas
Enroladas numa qualquer manhã
Já não sei do vento nem do mar
Dos sorrisos que espalhei
Já não sei de mim
Perdida na noite desnuda
Onde as dores são silenciosas
De volta à minha concha
Encontrei esta paz
Mentirosa mas segura
Que me impede de somar
Chagas e caminhos áridos
Aqui, quieta
Serena-me a alma
O peito acalma
Assim me quero
Comigo
Apenas comigo
Senhora do nada
Que no nada não mora a dor!

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