Eis-me aqui, na desespera dos caminhos, onde o autocarro dos
dias se esqueceu de aportar… atiro com o olhar para o além vago e ele perde-se
qual naufrago que perscruta o horizonte em busca da estrela escondida que lhe
ensine o regresso.
E nada… nem sinal de ontem nem esperança de amanhã. Apenas e
sempre este silêncio que me rasga as horas e me encurta os passos.
Vacilo na memória que me teima no engano… teço a minha teia
feita de pequenos nadas e nas palavras não ditas, apenas desenhadas, embalo
sonhos que se perdem sem que nunca tenham sido achados. Não digo adeus, não
digo nada. Apenas espero… e é o nada também que me chega do…nada!
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