Procuro nas palavras a expressão
Correcta
Dos momentos em que a noite vem de mansinho
E me traz aquele olhar distante que não vejo
Aquele sorriso que apenas pressinto
Nos verbos que subentendidos trocamos
Pequeno batel indefeso
Na luta contra a tempestade
Que ergue adamastores assustados
Pela força que nasce deste negrume
Um perfume vago na lembrança ténue
Que as manhãs fazem despertar ainda vigilantes
Raiam-nos as mãos que se buscam e não se sentem
Naquele beijo longo que de longe trocamos
São rubras as rosas que desfiamos
Nos silêncios onde gritamos o escorrer das nossas vidas
Onde pauis de águas paradas
Vão sendo agora
Ribeiros límpidos nas transparências
Onde mergulhamos nus de mágoas largadas na margem
Para emergirmos no lago da paixão onde nos perdemos
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