domingo, 24 de junho de 2012



Não trago sal nos olhos
Porque as ondas escorreram-me das mãos
Não trago maresias
Porque o sol secou-me as vestes
Respiro luares distantes
Envoltos em brisas suaves
Busco o esquecimento
Nas madrugadas por onde vagueio
Agarro este calor
Porque sei que me acalma a dor
Emplastro dos sentidos
Dá-me a paz que eu preciso
Não procuro mais estrelas
Porque as sei ali
Paradas como o sonho
Que teima em fazer-se ao largo
Mas fica preso
No turbilhão dos pensamentos
Quedo-me
Serena
Na espera desse nada que é tudo
Ou apenas
Sei lá
Do tudo que sempre foi o nada
Mas enquanto o sol me aquece
Vou enganando a alma
Alvoraçada
Eis o tudo…
Eis o nada…

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