quinta-feira, 21 de junho de 2012



Não trago sonhos de Verão
Que o Verão chega-me pardacento
Iludo o tempo que me enrola
E volto à Primavera em flor
No céu brilham as estrelas todas
Mas a noite traz o negro
Sem sombras
Os silêncios magoados
Apaziguados
São mais fortes
Que luzeiros celestiais
Roubo o sonho ao sono
E parto em busca de mim
Outra vez
Sempre perdida em ruelas
Caminhos onde não chega o sol
E onde o manto da lua
Estende os braços
Enganadores
E assim
De engano em engano
Se constrói a vaga
Onde navegar é preciso
Onde voar ganha calma
Silenciosamente
Amarga-mente
Na espera da vida

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