Trago nas algibeiras da bata da escola as memórias de um tempo magoado de menina que não foi criança.
E depois, na juventude sempre atribulada, a rebeldia com que
aprendi a ser. A ser gente. Gente que pensa e sabe que pode. Vivi amores e
desamores, chorei de dor e de raiva, na revolta aprendida nas injustiças sentidas.
Mas continuo. O meu caminho sou eu que o percorro. Quero continuar a amar e a
revoltar-me. Quero continuar a rir e a chorar. Quero continuar vida… sem
amarras nem mordaças! Vou continuar a gritar no vento as esperanças que me
restam. Vou continuar a procurar-me…a encontrar-me, no silêncio das palavras.
Nos refrães de canções velhinhas! E mesmo que a cada desamor eu diga sempre que
foi o último… sei que vou continuar a amar. Porque também de amor se faz a
minha vida. E em cada partida, nasce um nova chegada… para ficar? Para partir
também? Que importa se é isso a vida…
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