segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Beijo-te no sol que se põe
Relapso como as horas roubadas
Mudas e despidas de lua
Sonho-te já na espera sem esperança
Onde pairam folhas secas
Deste Outono que tarda
Respiro-te sal na memória
Da escuma dos dias
Onde se perde o tempo perdido
Onde se ama o nada abandonado
Já és só miragem distante
O nada que já foi tudo
Sorri a alma de novo
A galopar livre e solta
Voa-me o peito leve
Já a aurora traz novos cantos
E a onda desenrola noutra maré
Nada no vento
Apelas ele
Vestido de novas velhas folhas
Gritante e destemido
E eu vou
Vou no vento vibrante, gritante
Vou no sonho
Mutante
Amante

Liama



Sem comentários:

Enviar um comentário