segunda-feira, 2 de julho de 2012



Gosto desta lua grande
Imensa
Que me acompanha no caminho de regresso a casa
Que me entra em luz pelas vidraças deste quarto
Onde espero ver chegada a hora
Da esperança passar
Gosto desta lua
Inteira
Sem quartos
Sem sorrisos crescentes
Sem esgares minguantes
Inteira como ela só
Com braços de claridade
Como se fossem de amantes
Distantes
Perdidos na ausência
E na vontade do silêncio
Que cresce
Cá dentro
Apenas eu comigo na busca de mim
Esta é a minha lua
Onde me perco e onde me encontro
Onde se estendem as melancolias
Como choros mal percebidos
Esta é a lua que eu amo
Que me entristece e inebria
Que me engana os sonhos
E se perpétua
Dolente
Na alma que me abandonou
Esta é a lua que eu já não quero
Por tanto a querer
Que me desperta e me enlouquece
Esta é a lua
Não é minha
Mas eu sou dela…

2 comentários: